quarta-feira, 4 de março de 2009

Origem dos esportes radicais


Mas o que são e de onde surgiram os esportes radicais? Tais esportes são assim considerados pois oferecem mais riscos do que os esportes em geral, o que os torna mais emocionantes, já que exigem um maior esforço físico e maior controle emocional. Eles também são assim chamados porque estão envolvidos em situações extremas de limite físico ou psicológico dos participantes. No início, eram considerados esportes radicais a prática do paraquedismo, snow board e vôo livre. Com o tempo, atividades como o rafting, trekking, cannoying, verticália, entre outras, foram incorporadas à lista dos esportes de aventura.

Segundo especialistas, estas atividades fazem muito bem à saúde, mas exigem um certo preparo físico. Por isso, antes de investir em qualquer uma destas práticas o "atleta de plantão" deve se informar do que é preciso saber ou fazer para exercitar-se com segurança. O professor de Educação Física e Turismo da São Judas, que ministra as disciplinas de Lazer e Recreação, Luiz Aurélio Sham Lian, reforça ainda que, antes de se infiltrar em uma das modalidades, o praticante deve se informar sobre a qualidade e a idoneidade da empresa que oferece este tipo de prática. "Isso ajuda não apenas a evitar acidentes, como também, a orientar os praticantes a se sair melhor durante a prática do exercício."

Além do cuidado excessivo com a segurança - pelo perfil destas práticas esportivas -, há algumas restrições quanto ao perfil dos praticantes dos esportes de aventura. Segundo o diretor-presidente da Águas Radicais, Antônio Robes Neto, graduado em Educação Física, embora a prática de atividades físicas seja bem-vinda a toda e qualquer pessoa, no caso dos esportes radicais, devem ser observados cuidados especiais com cardiopatas, hipertensos, grávidas, pessoas com distúrbios ou problemas de vertigens e desmaios freqüentes. "Há uma atenção especial a estes grupos de pessoas, mas todas as atividades são totalmente monitoradas por profissionais capacitados e responsáveis, prontos para atender as mais diversas eventualidades", diz.

Por que praticar?

Na maior parte dos casos, o principal motivo das pessoas abandonarem o conforto das grandes cidades para praticar esportes radicais é a fuga da monotonia do dia-a-dia de uma cidade grande. A prática destas atividades funciona como uma válvula de escape para o stress urbano, originado por excesso de trabalho, má alimentação, violência, trânsito. "Os benefícios do lazer proporcionado por tais práticas causam uma sensação de bem-estar momentâneo muito forte. É mais ou menos o que acontece quando se desce por um tobogã ou por uma montanha-russa", compara Sham Lian.

Tais práticas são consideradas ainda estimulantes graças ao excesso de adrenalina liberado pelo corpo. Além disso, proporcionam um aumento da autoconfiança dos praticantes que conseguem superar obstáculos impostos por estes esportes. "Tais esportes liberam uma dose elevada de adrenalina que, após o término da atividade, causa uma sensação de relaxamento", acrescenta Robes Neto.

Não é de se espantar que, depois do susto, o atleta fique calminho, calminho. Mas a "terapia de choque" contra o estresse não é o único benefício da prática dos esportes de aventura. Atividades como o trekking, o rapel e o cannoying, por exemplo, apresentam várias qualidades. Uma delas é indiscutível: essas atividades trabalham diversos músculos do corpo e é cientificamente provado que as atividades físicas diminuem o risco de algumas doenças, além de aumentar a longevidade das pessoas. "Os esportes radicais melhoram a condição motora, a destreza de movimentos, aumentam a força muscular, melhoram a flexibilidade, o eqüilíbrio e deixam a concentração aguçada", ressalta o diretor presidente da empresa Águas Radicais.

A prática dos esportes de aventura pode auxiliar ainda na perda de peso. Quem não se lembra da escalada? Uma prática pioneira entre os esportes radicais considerada inimiga do excesso de calorias. Chegando a queimar cerca de 12 calorias por minuto, ela foi incorporada aos exercícios físicos oferecidos nas academias. É claro que nem tudo é simples assim, um final de semana não vai ser o "fator x" de um regime milagroso, esportes radicais devem ser feitos regularmente para fazer "efeito". "Com uma freqüência de pelo menos três vezes na semana, aliada à uma dieta alimentar, com certeza o praticante terá uma perda de gordura corporal considerável", afirma Robes Neto.

Saiba de que forma cada um destes esportes atua no seu corpo:

Trekking

Para fazer o trekking, o atleta vai precisar de muito fôlego, disposição, resistência e pernas fortes. Do contrário, a caminhada pode ser um martírio. Isto porque o trekking não é nada simples. Em geral, as trilhas passam por pedras e rios, subidas e descidas dentro da mata. Neste caso, além do preparo físico, vale uma ajudinha de equipamentos importantes como tênis ou papete apropriados, repelente e protetor solar. São trabalhados os músculos inferiores (pernas, glúteos e panturrilhas).

Rafting

O rafting, famosa descida de corredeiras de rios com um bote, exige agilidade, concentração e uma força extra nos braços, uma vez que o praticante vai ter que remar muito, especialmente se as águas do rio estiverem mais tranqüilas, o que deixa o bote mais pesado e difícil de manejar. Nesta atividade, são trabalhados os músculos inferiores, superiores, a musculatura dorsal e lombar (pernas, bíceps, tríceps, trapézio, deltóides, rombóides).

Cannoying

Os leigos podem achar que cannoying nada mais é que um simples estrangeirismo dado à prática da canoagem. Mas não é nada disso. A atividade consiste na exploração de uma furna escavada por um curso d'água esculpindo no relevo cachoeiras, vales e montanhas. Para explorar o Canyon - daí o nome cannoying -, utiliza-se a técnica de rapel (descida feita por corda), pela qual os praticantes descem cachoeiras de várias alturas. A prática trabalha os músculos inferiores e superiores, basicamente: pernas, glúteos, panturrilhas, bíceps e tríceps.

Bóia-cross

Quem nunca desceu um rio ou conheceu alguém que já embarcou nesta aventura usando apenas uma simples câmara de pneu de caminhão? Pois é, desta brincadeira improvisada surgiu uma das atividades mais procuradas pelos turistas que visitam Brotas, ponto turísitico dos esportes radicais. Mais sofisticado do que a brincadeira do passado, hoje, o passeio é chamado de bóia-cross. As bóias são anatômicas, encapadas e com alças laterais para maior segurança aos adeptos da atividade. O bóia-cross trabalha os músculos inferiores, com enfâse nos músculos superiores (braços e peitorais).

Arvorismo

O arvorismo é um esporte recente, criado a partir das técnicas utilizadas por pesquisadores para se locomover em florestas na altura da copa das árvores. Plataformas com até 9 metros de altura, interligadas por cabos de aço, viram uma espécie de trilha nos ares para os praticantes do esporte. A dificuldade vai aumentando à medida que a pessoa avança de uma plataforma a outra. O equipamento utilizado é o mesmo do rapel: cadeirinha, mosquetões, roldana, capacete e luvas. A segurança é garantida pela chamada "solteira": uma corda que liga a cadeirinha do praticante a uma roldana presa num cabo de aço. Além de utilizar todos os músculos, a verticália exige equilíbrio e concentração do praticante.

Caso você ainda não tenha se convencido do benefício em praticar os esportes de aventura, saiba que por necessitarem de um trabalho conjunto e da confiança dos esportistas uns nos outros, trata-se de um excelente exercício para incentivar o trabalho em equipe. Por essa razão tem levado grandes empresas a promover tais práticas para seus funcionários. Além disso, por conta das belezas naturais que, neste caso, são vistas bem de perto, estes esportes despertam a consciência ambiental nos praticantes.

Onde praticar

Brotas, em São Paulo, é o mais conhecido destino para quem pretende praticar os esportes de aventura, seguido por Socorro e Analândia, também populares por oferecerem este tipo de atividade. Mas não é só em São Paulo que você encontra lugares interessantes para viver experiências radicais. No Paraná, por exemplo, Campos Gerais e Ribeirão Claro, são outros destinos muito explorados pelos turistas aventureiros. No estado de Minas Gerais, Três Rios é um dos locais mais procurados para a prática do rafting. Trekking e trilhas de moutain bike também são comuns em Petrópolis, no Rio de Janeiro. No fim das contas, são muitas as opções Brasil afora. Escolha o esporte e seu destino e divirta-se.

História do Surf

O surf no Mundo

A origem do surf atribui-se aos habitantes da Ilha de Uros, no Peru, que há 450 anos desafiavam o mar em balsas feitas de totora, tipo de palha. Os pescadores ficavam de pé em cima das balsas e direcionavam-as com os remos em direção à praia. Estas balsas são as ancestrais da prancha, talhada em peroba por George Freeth e Duke Kahanamoku, nos primeiros anos do século 20, no Havaí. Porém, a origem do surf traz sempre uma grande polêmica, pois os havaianos desciam as ondas pelo simples e puro prazer de fazê-lo, já para os peruanos era um modo de "voltar" do trabalho. Atualmente se dá a origem do esporte aos havaianos, no entanto, sempre quando podem, os peruanos tentam reivindicar isso.
Velhos nativos do Havaí contam muitas histórias, entre as quais algumas dizem que seus ancestrais seriam descendentes dos Incas, que aventuraram-se pelo Pacífico em suas enormes canoas. Lendas ou não, estas histórias fazem algum sentido.
Somente nos anos 50 que apareceu a poliuretana, material mais resistente e flexível. A qual tornou as pranchas mais ágeis e rápidas. A partir daí a evolução das surf em conjunto com as pranchas foi um pulo até os dias de hoje. As inovações tecnológicas aprimoraram os materiais usados e as técnicas de shapear.
O primeiro torneio internacional ocorreu em 1953, no Havaí, a capital do surfe.
Atualmente, existe um circuito Mundial de Surf, este dividido em duas divisões: WCT, 1ª divisão, nesta competem os melhores; e WQS, 2ª divisão, na qual a galera se mata para entrar na primeira divisão.Basicamente como no futebol.
Recentemente Duke Kahanamoku foi apontado pela revista americana Surfer como o surfista do século. Merecido, pois foi ele que introduziu o surf nos Estados Unidos e Austrália, além de ajudar a preservá-lo.Duke, o "o pai do surf moderno", posa para uma foto em 1930.
»» O surf no Brasil »»
Dizem que os primeiros praticantes de surf no Brasil de que se tem notícia surgiram em Santos, na década de 30. Um deles foi Jua Suplicy Hafers, ex-piloto da Força Aérea Americana, que talvez tenha feito a primeira prancha no Brasil(ôca, de madeira, construída com cavernas internas como nos barcos).
No entanto, foi a praia do Arpoardor, Rio de Janeiro, que realmente pode ser considerado o berço do surf brasileiro. Primeiramente, se pegavam as ondas somente ajoelhado ou deitado (no estilo bodyboard)em pequenas pranchinhas de madeira. Isso em meados da década de 40.
Vieram novas pessoas, novas idéias e surgiram pranchas feitas de madeira e sem quilhas, as chamadas portas de Igreja. Já se ficava de pé na prancha, isso por volta dos anos 50. Surgiram pranchas com uma quilha, a qual saía do meio da prancha até a rabeta. Começou a se fabricar também pranchas de compensado naval, surgiram as "madeirites", comom eram chamadas os pranchões na época. Estas já como quilhas, ou melhor, projetos de quilhas.
No início não era só surf. Era uma relação com o mar: mergulho, caça submarina, saltar das pedras, etc. Certo dia era para ter um campeonato de caça submarina, mas como o mar amanheceu ressacado. Resolveu-se aproveitar aquelas ondas e realizar um campeonato de surf. Surgindo assim o primeiro campeonato de surf do país. No qual o prêmio era um churrasco para todos na praia.
Chegaram os anos 60, o surf já tinha evoluído muito. Surgiram as primeiras pranchas de fibra de vidro, um sucesso, pois eram muito mais leves e rápidas. Rolaram os primeiros campeonatos oficiais de surf, embalados ao som dos Beatles, Beach Boys, Elvis e Chuck Berry. Todo mundo participava, ocorrendo já até campeonatos femininos. O estilo de vestir,dançar, pensar e falar nesses anos era ditado pelos surfistas. As turmas mais descontraídas e divertidas se encontravam no Arpoador. As meninas não resistiam aos ombros largos, cabelos longos, carros conversíveis e jeeps coloridos e cheios de pranchões tocando Beatles no rádio. O surf era moda.
O surf teve se primeiro reconhecimento oficial pelas autoridades com a doação de uma área exclusiva para a prática no Arpoador. Com isso a polícia teve que parar com a apreensão de pranchas, pois eles achavam que surfar era errado, era proibido. Assim surgiram muitas histórias sobre perseguições, remadas heróicas para alto-mar e fugas da polícia militar e do exército.
Assim continuou a evolução do surf no Brasil, contagiando cada vez mais a pessoas. Nasceram novas histórias, lembranças de dias perfeitos, descobertas de picos afora pelo Brasil,
junção de sonhos com atitude. Que fizeram e estão fazendo do Brasil um país do surf também.
»»» Surfar é dropar sentindo o vento terral no rosto, a energia cósmica da onda levitando o corpo, fazendo a alma e o espírito sentirem o sopro divino da criação dentro de um tubo de água.

História do Skate



Ainda não se sabe exatamente quando apareceu o Skate , mas podemos dizer que foi no princípio dos anos 60 na Califórnia. Era em uma época aonde reinava o surf, praia e a curtição total sobre uma prancha. Mas como as coisas nunca davam certo, aqueles dias de ondas podres, os mesmo surfistas pegaram as rodas de seus patins, e colocaram em "shapes", para que assim pudessem surfar em terra firme.


Os skates eram muito primitivos, não possuíam nose nem tail, era apenas uma tabua e quatro rodinhas. O crescimento do esporte se deu de uma maneira tão grande, que muitos dos jovens da época adotaram ao esporte chamado skate, surgiam então os primeiros skatistas da época. Era uma época aonde o free style dominava, os skatistas usavam e abusavam deste tipo de manobra. No ano de 1965 se comercializaram os primeiros skates fabricados industrialmente e começaram as primeiras competições. Esporte então, teve seu auge.


Em meados dos anos 70, aconteceu um fato que chocou a maior parte de todos os skatistas, a revista "Skateboarder"que era uma das mais importantes sobre o assunto, anunciou a sua mudança de planos, agora cobrindo assuntos sobre competições de Biker's. Foi quando se deu a morte do skate, muitas pistas fecharam, e muitos abandonaram o esporte, apenas ficaram os que realmente gostam do carrinho.


Ouve então que esses skatistas que perderam suas pistas, suas revistas, e tudo que era a respeito sobre eles, se lançaram a andar na rua, usando tudo que achavam no cotidiano como obstáculo, dai se deu o street skate. Em meados dos anos 70,houve o racionamento de água nos E.U.A, as pessoas esvaziavam suas piscinas, foi ai que os skatistas perceberam que essas piscinas vazias, poderiam ser ótimos obstáculos, foi ai que se deu o skate vertical.

Nos anos 80 o skate volta ao seu auge, com a inovação dos skates, e a utilização das pistas em "U" os half pipes, o skate retorna as suas origens de muitos adeptos, e com o aparecimento de vários nomes do sk8board mundial: Steve caballero, Tony alva, Tom sims, entre outros contribuíram e muito para o progresso do skate. Foi aí que surgiu um garoto que com apenas 12 anos, mandava flips muito altos na rampa, um garoto magro e com um estilo muito técnico e mesmo com pouca idade já deixavam os velhões de queixo caído, seu nome? nada mais do que um simples skatista chamado Tony Hawk......você o conhece?

Outro fator muito importante para o sk8 da época, foi o vídeo da Bones Brigade, onde Steve Caballero teve um papel bastante forte na sua existência. A partir dai, o sk8 nunca mais teve seu declínio, nos anos 90 foi quando o sk8 atingiu o seu auge, com muitos adeptos, produtos, e campeonatos que incentivam bastante os jovens crianças, e até os velhos dos anos 90.